APRESENTAÇÃO

APRESENTAÇÃO

O blog Barco da Leitura é fruto do curso "Melhor Gestão, Melhor Ensino", oferecido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.


O curso pretende ampliar a formação dos professores em práticas contemporâneas de leitura e escrita, envolvendo atividades de reflexão sobre o uso social da leitura, ampliando a produção de textos em ambientes digitais interativos.


Esse blog convida você a refletir conosco sobre a extrema importância de promover conhecimentos de leitura e escrita em diferentes gêneros, modalidades e linguagens.


Vamos...entre...e fique à vontade!


Seja nossa companhia nesse navegar! Seja muito bem-vindo!


Aqui você poderá navegar e desfrutar de novas vidas, pensamentos e lembranças que marcaram nossas vidas.


"NAVEGAR É PRECISO..." - FERNANDO PESSOA

sexta-feira, 28 de junho de 2013

DEPOIMENTO DE LEITURA - CLÁUDIA ROIS

Aprendi desde cedo a ler na fisionomia e na expressão das pessoas suas alegrias, anseios, insatisfações, inseguranças, decepções...Como o olhar de desaprovação da minha mãe. Aprendi a ler o tempo, se vai chover, fazer calor ou frio, ventar... Na infância ouvia histórias acompanhadas por músicas maravilhosas que saiam de um disco verde de vinil  que eu sabia e repetia de cor e lia os contos dos Irmãos Grimm.  Na escola fui guiada pela Dona Marta por um Caminho Suave, aprendi fazer as contas na ponta do lápis com a Dona Nur, a ler a Bíblia,as orações e os hinos cívicos e religiosos com a Dona Terezinha , com a Dona Cida e o seu baú mágico de fantasias descobri os textos dramáticos e os musicais,com o Prof. Mércio conheci a literatura e com o Chico Máximo a gostar de Literatura e entendê-la e com o Severino a me apaixonar por ela. Em casa lia gibis e contos de fadas, as fotonovelas da Rita, minha irmã e as coleções Júlia, Samantha e Sabrina da minha irmã Sandra, já falecida. Lia os livros do Círculo do Livro do meu cunhado Marco e os livros que meu Pai me dava e perguntava depois o que eu achei. O último que ele me deu, O Livro de San Michel, estou lendo há mais 12 anos porque não posso dizer a ele o que achei.     O importante a saber é que a leitura e a escrita estão presentes em nossas vidas desde o começo e precisam ser estimuladas em casa como uma herança de família e na escola de forma significativa.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Textos:
- Avestruz (Mário Prata)
- O avestruz (anedota – In Alegria & Cia., no.11. São Paulo, Abril,1990.)
Antes da Leitura :
A)    Ativação de conhecimento de mundo, antecipação ou predição, checagem de hipóteses.
1)      Você sabe o que é um avestruz?
2)      Que Tipo de animal é esse? Onde ele vive? Onde podemos encontrá-lo?
B)    Expectativas em função do suporte.
3)      Esse texto é uma crônica. Onde podemos encontrar esse tipo de texto? Comente.
C)    Antecipação do tema ou idéia principal a partir dos elementos paratextuais, como título, subtítulo...
4)      Observe o título do texto. A partir dele, qual a sua expectativa em relação ao texto?
Durante a Leitura:
D)    Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura.
5)      Suas expectativas em relação à história do texto se confirmaram, isto é, o texto conta a história que você imaginou? Por quê?
E)     Localização ou construção do tema ou da idéia principal.
6)      Por que o texto chama-se Avestruz? Qual a ligação entre o título e a história?
F)    Construção do sentido global do texto.
7)      De acordo com a diferença entre título e tema já estudados anteriormente, explique qual é o tema desse texto?
Depois da Leitura :
G)    Construção da síntese semântica do texto.
8)      Faça um levantamento dos fatos ocorridos no texto.
H)  Troca de impressões  a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações para sustentação de sua leitura e acolhendo outras posições.
9)   Leia a Anedota “O Avestruz”, observando as imagens e apontando semelhanças e diferenças entre os dois textos.
10) Você já viveu uma situação semelhante a dos textos, de querer e não poder ter um bicho de estimação? Comente .
11) Onde está a graça da anedota? Explique.
I)  Avaliação crítica do texto :
12)  Você gostou da história? O que você achou desse tipo de texto?
  Claudia Róis

segunda-feira, 17 de junho de 2013



Texto -  Meu primeiro beijo – Antonio Barreto

OBJETIVO: Explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura.
Público-alvo: 7ºano

          A- ANTES DA LEITURA

I-    Definição do objetivo da leitura
      Levar o aluno a revisar a tipologia narrativa.
      Quem lembra o que é narrar?
      Vamos relembrar os elementos da narrativa?

II-   Antecipação do tema ou ideia principal a partir dos elementos paratextuais.

   - Colocar o título do texto na lousa
        O que sugere o título do texto?
        O que você imagina que vai acontecer na história?
        Com que idade se dá o primeiro beijo?

III-   Expectativas em função da tipologia.

       Quais os elementos desta narrativa?
       Quais são as personagens?
       Onde pode acontecer o primeiro beijo?

                 B- DURANTE A LEITURA

Leitura compartilhada – o professor com o livro e os alunos com aaa
a cópia.

I-    Identificação do leitor-virtual a partir das pistas lingüísticas.
      Após a leitura do 1º parágrafo, perguntar para quem se dirige o texto e por que.
II-  Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura.
      Colocar na lousa quais expectativas foram confirmadas.
III- Esclarecimento de palavras desconhecidas a partir de inferência ou consulta a dicionário.
      Solicitar aos alunos para marcarem as palavras que não sabem o significado.
      Fazer uma lista na lousa com as palavras elencadas pelos alunos.
      Perguntar quais palavras o colega poderá esclarecer aos colegas.
      Organizar pesquisa no dicionário.

                            C- DEPOIS DA LEITURA

I-  Construção da síntese semântica do texto.
     Com quem se passa a história?
     Qual o fato narrado?
     Onde se passa a história?
     Considerando a linguagem, como você imagina que sejam as personagens?

II-  Utilização em função da finalidade da leitura, do registro escrito para melhor compreensão.

      Escrever uma síntese do texto.
      Montagem de um mural com imagens referentes ao tema do texto.

III- Avaliação crítica do texto.

     Você acha que a linguagem está adequada à situação? Por quê?

     Gostou do texto?


Meu primeiro beijo (crônica) de Antônio Barreto
Objetivo- Explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura.
        
Antes da leitura

Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto

1)      Qual seria a idade ideal para dar o primeiro beijo?
2)      Você tem sonhos ou expectativas em relação ao seu primeiro beijo?      
3)      Você já conversou sobre esse assunto com um adulto?            
Expectativas em função do suporte

1)      Em que suporte veicularia um texto com esse tema?
2)      Esse texto poderia ser veiculado a um panfleto?
Antecipação do tema ou ideia principal a partir do exame de imagens ou de saliências gráficas.
1)      Levar para a sala diversas imagens de namorados, beijos, etc.
2)      Analisando as imagens, em relação ao texto ao qual será lido, você anteciparia o tema do texto?
3)      Analisando a capa do livro “Balada do Primeiro Amor”, onde você imagina que ocorreria as ações do texto?

Durante a leitura

Ler a primeira parte do texto
Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura
1)  Após ouvir uma parte do texto, suas hipóteses se confirmam?
2) Quer levantar novas hipóteses?
Localização ou construção do tema ou da ideia principal
1) Durante a audição do texto identifique a ideia principal?
Esclarecimento de palavras desconhecidas a partir de inferência ou consulta a dicionário
1)      Ao ouvir a história anote as palavras desconhecidas e procure-as no dicionário.
                 
Depois da leitura

Troca de impressões a respeito dos textos lidos fornecendo indicações para sustentação de sua leitura e acolhendo outras posições
1)      Pedir para que os alunos pesquisem na internet ou em outras fontes textos ou filmes que falam sobre esse tema.
2)      Apresentar para a sala os resultados das pesquisas.

Construção da síntese semântica do texto

1)      Após a leitura e com o resultado da pesquisa, elabore uma nova história com o mesmo tema.
Avaliação crítica do texto
1)      Após a leitura do texto e a elaboração da sua história, qual a sua postura, opinião sobre o texto “Meu Primeiro Beijo”?

Sequência Didática - O Primeiro Beijo


O Beijo é uma escultura em mármore do artista realista Auguste Rodin que está atualmente no Museu Rodin (Musée Rodin), em Paris.

A-Antes da leitura
I - Fazer um questionamento a partir da imagem (leitura de imagens):
 - O que a imagem representa?
   -Há uma idade certa para beijar?
   -Você já leu algum texto com este título?


II- Ouvir a música:

Claudia Leite- “Dia de Farra e do Beijo.

B-Durante a leitura

 Leitura em grupos (oral ou em voz alta). "Meu Primeiro Beijo" - Antonio Barreto.

É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
“Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
“Paracelso”
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia?
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram... e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo -Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6


 Atividades

 Pesquisa de palavras desconhecidas, utilizando o dicionário.
a) Destaque as características físicas e psicológicas das personagens
b) Observe o foco narrativo. Como é chamado esse tipo de narrador?
c) Qual a idade possível das personagens?
d) Destaque as marcas do tempo com passagens do texto
e) Comente o desfecho do texto"...e foi ficando nisso normal".
f)Pesquisa de palavras desconhecidas,utilizando o dicionário

C-Depois da leitura

- Produção escrita  - texto narrativo
- Confecção e montagem de  um painel ilustrativo para o dia dos namorados.

-Recuperação do texto, questões:

-Em qual obra este texto foi publicado?

-Quem é o autor?

-Qual o público a que se destina esta obra?

-O que podemos inferir sobre o fato de o autor ser uma pessoa do sexo masculino e o narrador (eu - lírico) feminino?
-No texto, há personagens secundários?
-Pontue alguns traços psicológicos notados nos personagens.
-Em que espaço se dá os acontecimentos?

Intertextualidade

Gênero: música – “Dia de Farra e do Beijo”-Claudia Leite.

-Quais semelhanças existem entre a letra da música e o texto lido?
-Considere a linguagem predominante na música.  
-Como esta linguagem aparece no texto "Meu Primeiro Beijo"?

Dia de Farra e do Beijo “-Claudia Leite.

Ôôôô Ôôôô Ôôôô
Atenção está declarado o dia nacional da farra e do beijo
Jogue duro

Quem tá solteiro
Dá um grito e levante a mão
Micareteiro, beijoqueiro
Vai até o chão

Hoje eu decreto aqui o dia nacional da farra e do beijo

É vale night o ano inteiro
Chega de chorar
Não quero mais ficar sozinho
No seu blábláblá

Hoje é festa, azaração. Vem dar beijo na boca, sai do chão

É festa, eu vou beijar na boca até cansar
Depois paragadá

É farra, eu vou curtir
A noite
Me divertir
E o mundo pode explodir

Ôôôô Ôôôô Ôôôô

Quem tá solteiro
Dá um grito e levante a mão
Micareteiro, beijoqueiro
Vai até o chão

Hoje eu decreto aqui o dia nacional da farra e do beijo
É vale night o ano inteiro
Chega de chorar
Não quero mais ficar sozinho
No seu blábláblá

Hoje é festa, azaração. Vem dar beijo na boca, sai do chão

"É festa, eu vou beijar na boca até cansar
Depois paragadá
É farra, eu vou curtir a noite
Me divertir
E o mundo pode explodir

É festa, eu vou beijar na boca até cansar
Depois paragadá
É farra, eu vou curtir a noite
Me divertir
E o mundo inteiro pode explodir

É festa, eu vou beijar na boca até cansar
Depois paragadá
É farra, eu vou curtir a noite inteira
Me divertir
E o mundo inteiro pode explodir

Ôôôô Ôôôô Ôôôô
Ôôôô Ôôôô Ôôôô

sábado, 15 de junho de 2013



Texto -  Meu primeiro beijo – Antonio Barreto

OBJETIVO: Explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura.
Público-alvo: 7ºano

                                         A- ANTES DA LEITURA

I-    Definição do objetivo da leitura
      Levar o aluno a revisar a tipologia narrativa.
      Quem lembra o que é narrar?
      Vamos relembrar os elementos da narrativa?

II-   Antecipação do tema ou ideia principal a partir dos elementos paratextuais.

   - Colocar o título do texto na lousa
        O que sugere o título do texto?
        O que você imagina que vai acontecer na história?
        Com que idade se dá o primeiro beijo?

III-   Expectativas em função da tipologia.

       Quais os elementos desta narrativa?
       Quais são as personagens?
       Onde pode acontecer o primeiro beijo?

                 B- DURANTE A LEITURA

Leitura compartilhada – o professor com o livro e os alunos com aaa
a cópia.

I-    Identificação do leitor-virtual a partir das pistas lingüísticas.
      Após a leitura do 1º parágrafo, perguntar para quem se dirige o texto e por que.
II-  Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura.
      Colocar na lousa quais expectativas foram confirmadas.
III- Esclarecimento de palavras desconhecidas a partir de inferência ou consulta a dicionário.
      Solicitar aos alunos para marcarem as palavras que não sabem o significado.
      Fazer uma lista na lousa com as palavras elencadas pelos alunos.
      Perguntar quais palavras o colega poderá esclarecer aos colegas.
      Organizar pesquisa no dicionário.

                            C- DEPOIS DA LEITURA

I-  Construção da síntese semântica do texto.
     Com quem se passa a história?
     Qual o fato narrado?
     Onde se passa a história?
     Considerando a linguagem, como você imagina que sejam as personagens?

II-  Utilização em função da finalidade da leitura, do registro escrito para melhor compreensão.


      Escrever uma síntese do texto.

quinta-feira, 6 de junho de 2013



São tantas recordações que começarei relatando  meu tempo de criança.  Como no relato de Gilberto Gil, a minha avó como é muito católica lia vários livros, sobre as histórias dos santos e a Bíblia, eu ficava encantada.Depois quando comecei a ler eu lia os livros tudo de novo.
Meu pai foi um dos grandes incentivadores de minha jornada com os livros. Ele me levava às bancas de jornal e comprava revistas em quadrinhos, papéis de carta e figurinhas nas quais eu escrevia e colava no meu álbum. Como também, eu lia a revista “Amiguinho”, além das histórias, tinha também cruzadinhas, caça palavras, passatempo e etc. Essa revista era o meu hobby.
 Quando tinha 9 anos ganhei de minha mãe meu “Diário de Recordações”, no qual as pessoas mais queridas escreviam para mim, desde minha família até os meus colegas de escola. Às vezes releio e me vejo com as boas lembranças do tempo de ginásio, assim era chamado. Nessa época estudava numa escola de freiras no Estado do Rio de Janeiro. Entre os primeiros livros que eu li desta época foi “A fada que tinha ideias” e o que mais enriqueceu a minha visão de mundo foi o livro “Uma luz no fim do túnel”. Como bem afirma Antonio Candido, “As produções literárias, de todos os tipos e todos os níveis, satisfazem necessidades básicas do ser humano, sobretudo através dessa incorporação, que enriquece a nossa percepção e a nossa visão do mundo”. 
Na faculdade, além das várias leituras e produções textuais fazíamos vários passeios culturais, como visita a museus, teatros e a bienal do livro, ah quantos livros maravilhosos! E assim como disse Newton Mesquita, "Quando você vê um quadro e gosta muito, a sensação é a de que aquela imagem sempre esteve dentro de você. Com o texto é a mesma coisa aquilo toca na sua essência e detona tantas ideias e fantasias que se torna parte da sua vida". 
 DANIELE COURBASSIER QUINTANILHA





Livros e histórias


Não aprendi a gostar de ler na escola. Comecei a paquerar os livros que ficavam no quarto de meus pais; toda vez que ia dar o beijo de boa noite, lá estava minha mãe com um livro nas mãos. Quando terminava um romance, ela me chamava e fazia comentários que me deixavam encantada. Então escolhi um dos livros da pilha que ficava ao lado da cama, “Olhai os lírios do campo” e a sedução estava completa. Depois li Senhora, Ubirajara , O tronco do ipê, O moço Loiro e nesse ritmo de histórias amorosas fui me envolvendo cada vez mais com os livros. Há um detalhe importante: a pilha de livros da minha mãe continha algumas surpresas!Peguei  o título  O perfume – História de um assassino  e quando terminei a leitura, fiquei  o mês todo com o final na cabeça, totalmente impressionada. O impacto dessa leitura me fez entender melhor o poder que os livros têm. Não consegui mais parar de ler, desde então.
 O meu pai não é amigo de livros, mas sempre foi um ótimo contador de histórias de terror e como eu adorava, resolvi escrever as histórias dele em um caderninho. Minhas amigas tinham diário e eu, um caderno de histórias de terror. No intervalo da escola, juntava a galera e lá estava eu imitando meu pai. Os colegas adoravam e viviam pedindo para contar mais e mais.
Lembro de umas férias de julho que descobri que meu tio tinha uma coleção grande de gibis de terror e quando ele me entregou alguns para ler, foi um momento de alegria que guardo até hoje. Eu li todos e depois escrevi as histórias preferidas no caderninho assustador.Descobri que escrever sobre coisas que eu gostava era prazeroso, então, além das histórias de meu pai, comecei escrever sobre os filmes que assistia e sobre os livros que lia.
 Hoje,continuo apaixonada pelos livros, tenho um caderno com anotações de filmes e ainda conto histórias, só que para meus alunos.

                                                                                                   Cíntia

Lembranças... boas lembranças.

   Lembro-me da minha professora, sra. Judith, lendo para a sala pequenas histórias para que fizéssemos as atividades de interpretação.A cada história, um novo mundo se abria para mim; lugares especiais , roupas, personagens fantásticos que se tornavam vivos em minha memória...eu viajava por este mundo até então desconhecido.
   Uma vez a cada 15 dias, a Professora levava alguns livros à sala de aula e pedia aos alunos que se tivessem algum livro legal, que os levasse naquele dia. Como eu era de família muito humilde e sem condições de adquirir livros ficava esperando  a Professora distribuí-los, ansiosa para ver qual seria o meu, que capa teria, que história ele me contaria e as quais lugares eu viajaria naquele dia. Era sempre uma novidade, misturada com emoção e encantamento. Viajava pelo mundo da imaginação, onde descobria caminhos e lugares novos, onde meus sonhos tornavam-se realidade. Com a leitura vieram as produções escritas, cada vez mais aprendia palavras novas e assim ia enriquecendo meus textos e criando novas histórias.Sempre gostei muito de escrever, nas folhas coloco um pouco de mim, do que sou e de como estou.Foi desta forma que apaixonei-me pela leitura e escrita ; hoje empenho-me em transmitir este prazer a todos que me cercam.
                              


                                                                                               Sônia Marques

quarta-feira, 5 de junho de 2013


A Leitura é um mundo,
Onde navegantes de longínquos lugares
Descobrem atrás das capas e capítulos,
Mistérios e enigmas prontos para serem decifrados.
Minha mãe professora primária
Ensinou-me a ver o mundo,
Contando lindas histórias a mim.
E enquanto eu dormia, viajava em sonhos pelo mundo encantado.
Fui crescendo e com o tempo na escola já estava.
Agora maravilhado, com tudo o que eu tinha a minha frente,
Livros e mais livros nas prateleiras da biblioteca.
Nas minhas mãos estavam eles me chamando
Reis e rainhas, príncipes e princesas,
E por caminhos inimagináveis eu passava.
Viajava em meu barquinho nos oceanos, lagos e rios
E acabava entrando em loucas aventuras.
Que saudade ainda tenho daquela que nas leituras de poemas
Dos autores clássicos, em sala de aula lia com o coração.
Professora Ester, com seu jeito meigo e eloquente
Nos levava a viagens ainda mais emocionantes e encantadoras.
Hoje como professor, em cada roda de leitura, piquenique da leitura, gincanas
E até na leitura antes de cada aula, vejo em meus alunos
O brilho nos olhos,
O que me faz voltar no tempo
E ser sempre a eterna criança a viajar no barco da leitura.

SYLVIO HENRIQUE BASTOS